quinta-feira, 24 de junho de 2010

Sábias palavras de Rubem Alves sobre relacionamentos

Depois de muito meditar sobre o assunto concluí que, os casamentos (relacionamentos) são de dois tipos: Há os casamentos do tipo tênis e há os casamentos do tipo frescobol.
Os casamentos do tipo tênis são uma fonte de raiva e ressentimentos e terminam sempre mal. Os casamentos do tipo frescobol são uma fonte de alegria e têm a chance de ter vida longa. Explico-me.
Para começar, uma afirmação de Nietzsche com a qual concordo inteiramente.
Dizia ele: “Ao pensar sobre a possibilidade do casamento, cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: Você crê que seria, capaz de conversar com prazer com esta pessoa até sua velhice”?
Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar.
Sheerazade sabia disso. Sabia que os casamentos baseados nos prazeres da cama são sempre decapitados pela manhã, terminam em separação, pois os prazeres do sexo se esgotam rapidamente, terminam na morte, como no filme “O Império dos Sentidos”.
Por isso, quando o sexo já estava morto na cama e o amor não mais se podia dizer através dele, ela o ressuscitava pela magia da palavra: começava uma longa conversa sem fim, que deveria durar mil e uma noites.
O sultão se calava e escutava as suas palavras como se fosse música.
A música dos sons ou da palavra - é a sexualidade sob a forma da eternidade: é o amor que ressuscita sempre, depois de morrer.
Há os carinhos que se fazem com o corpo e há os carinhos que se fazem com as palavras. E contrariamente ao que pensam os amantes inexperientes, fazer carinho com as palavras não é ficar repetindo o tempo todo: ”Eu te amo...”
Barthes advertia: “Passada a primeira confissão, “eu te amo” não quer dizer mais nada. É na conversa que o nosso verdadeiro corpo se mostra, não em sua nudez anatômica, mas em sua nudez poética”.
Recordo a sabedoria de Adélia Prado: “Erótica é a alma”.
O tênis é um jogo feroz. O seu objetivo é derrotar o adversário. E a sua derrota se revela no seu erro: o outro foi incapaz de devolver a bola. Joga-se tênis para fazer o outro errar. O bom jogador é aquele que tem a exata noção do ponto fraco do seu adversário, e é justamente para aí que ele vai dirigir sua “cortada”, palavra muito sugestiva, que indica o seu objetivo sádico, que é o de cortar, interromper, derrotar.
O prazer do tênis se encontra, portanto, justamente no momento em que o jogo não pode mais continuar porque o adversário foi colocado fora de jogo.
Termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.
O frescobol se parece muito com o tênis: dois jogadores, duas raquetes e uma bola. Só que, para o jogo ser bom, é preciso que nenhum dos dois perca.
Se a bola veio meio torta, a gente sabe que não foi de propósito e faz o maior esforço do mundo para devolvê-la gostosa, no lugar certo, para que o outro possa pegá-la.
Não existe adversário porque não há ninguém a ser derrotado. Aqui, ou os dois ganham ou ninguém ganha. E ninguém fica feliz quando o outro erra, pois o que se deseja é que ninguém erre. E o que errou pede desculpas, e o que provocou o erro se sente culpado. Mas não tem importância: começa-se de novo este delicioso jogo em que ninguém marca pontos...
A bola: são nossas fantasias, irrealidades, sonhos sob a forma de palavras.
Conversar é ficar batendo sonho prá lá, sonho prá cá...
Mas há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento certo para a cortada.
Tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo, arrebentá-lo, como bolha de sabão...
O que se busca é ter razão e o que se ganha é o distanciamento.
Aqui, quem ganha sempre perde.
Já no frescobol é diferente: o sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois se sabe que, se é sonho, é coisa delicada, do coração.
O bom ouvinte é aquele que, ao falar, abre espaços para que as bolhas de sabão do outro voem livres. Bola vai, bola vem - cresce o amor... Ninguém "vence", para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que a diversão nunca tenha fim...

RUBEM ALVES é educador, escritor, psicanalista e professor emérito da Unicamp.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O Leão e o Touro

Saudade do meus vícios... melhor, da personificação de todos eles, que faz com que os mesmos despertem e se tornem parte da minha pessoa... O vício! Maior de todos, mais forte, mais prazeroso, mais destrutivo. Ainda lateja... ainda pulsa... Mas, minha razão não permite, por mais que a emoção grite... Porque eu sei o que acontece após o prazer, e ele, como todo vício, destrói tudo o que antes era belo. Porém, a lembrança do que era tão bom, às vezes camufla o quão lesivo ele é e sempre será. Então, permaneça vivo apenas nos meus desejos mais profundos e obscuros, enrubesça toda minha pele, me faça suspirar ao mesmo tempo que me faz chorar por saber que nunca será como deveria ser... Porque ambos não conseguimos. Somos iguais nisso. Realmente: "É UM DESPERDÍCIO!"
Marina Pimentel

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Três Tipos de Fé

Como Se Libertar das Crenças Falsas

Robert Crosbie


Robert Crosbie foi provavelmente o mais
importante teosofista do século 20. Ele
fundou a Loja Unida de Teosofistas em
1909. Trabalhando silenciosamente através da
L.U.T., ele devolveu o bom senso a amplos setores
do movimento teosófico, salvando-o da destruição.



Todo ser humano tem fé - ; fé em alguma coisa, em algum ideal, alguma concepção, alguma religião, alguma fórmula. Mas enquanto a fé de diferentes pessoas tem este ou aquele objeto, a fé em si mesma vem do Mais Alto, e é inerente ao coração de cada ser. A fé é a própria base do nosso ser.

Seja qual for o caminho que seguimos, fazemos isso por causa da fé que temos - a convicção de que este é o melhor caminho. O fato de que o mundo está cheio de convicções falsas se deve às diferentes ideias, crenças e filosofias, que limitam a fé propriamente dita aos meios considerados necessários para alcançar um objetivo específico.

O capítulo dezessete do “Bhagavad Gita” afirma que há três espécies de fé. Existe a fé de qualidade sattva, que é boa e verdadeira; a fé de qualidade rajas, de ação e de paixão; e a fé da qualidade tamas, de indiferença e ignorância. Estas três qualidades dadas à fé são, na verdade, as três limitações colocadas na fé por todo ser humano; porque o poder da fé é, em si mesmo, ilimitado. Nós limitamos continuamente esta energia para que ela opere dentro do alcance de alguns objetos menores, ou de um ideal baseado em coisas externas.

“A alma presa a um corpo tem o dom da fé, e cada homem possui a mesma natureza que o ideal em que ele fixa a sua fé.” O homem tem a fé de acordo com a sua disposição; e ele também adquire continuamente a substância do ideal em que ela se baseia. É evidente, portanto, que deveríamos conhecer com segurança a natureza da fé sobre a qual está colocado o nosso ideal.

Se alguém coloca a sua fé em qualquer coisa externa, seja qual for - deuses ou homens, religiões ou sistemas de pensamento - ela não tem qualquer base firme. O homem impede a força do seu próprio espírito de expandir-se além dos limites do seu ideal. Quando, por exemplo, nós aceitamos a ideia de que nada é real exceto aquilo que podemos ver, escutar, saborear, cheirar ou tocar, estamos colocando nossa fé sobre uma base muito inferior.

Existe uma causa para que haja falsidade em nosso pensamento e na nossa ação, quando pensamos que o momento presente é o único momento, que o mundo externo e terrestre e esta existência atual são a única vida, da qual saímos para ir não sabemos onde, sem saber tampouco qual o propósito disso tudo.

Olhar para todos os seres a partir das nossas próprias limitações mentais e da nossa capacidade de percepção - e ver apenas os aspectos externos da fala e da ação deles - não é vê-los como realmente são. Um Deus externo, ou um demônio externo, uma Lei externa, uma salvação externa dos pecados, e a ideia de que o pecado seja qualquer coisa além da negação da nossa própria natureza divina (o pecado imperdoável), são todos objetos de fé externa, que possuem a natureza de tamas, ou ignorância. A ignorância sempre leva à superstição. A superstição leva à falsa crença, e a falsa crença produz a fé falsa.

Estamos todos em constante conflito uns com os outros por causa da fé que é colocada sobre bases falsas, e pelo próprio fato de que a fé colocada em qualquer coisa tem resultados. Os homens tornam-se cegos para a fé real e verdadeira devido aos resultados que até mesmo a falsa fé produz. No entanto, enquanto tivermos uma fé falsa, continuaremos a criar vidas de sofrimento para nós mesmos. Os resultados que fluem de uma fé falsa colocada em um ideal egoísta trazem-nos necessariamente maus efeitos em condições inadequadas. Eles são as próprias limitações que nós impusemos sobre nós mesmos através de fé colocada em objetos externos em outras vidas, e temos que voltar várias vezes em outros corpos até que nos libertemos dos defeitos que foram produzidos em nossa natureza pela fé em coisas externas.

Devemos obter uma base para o pensamento e a ação que seja melhor do que a fé falsa e hereditária das atrações e repulsões. Nós produzimos os efeitos que vemos. Mas, se mudarmos nossos ideais, não necessitaremos continuar repetindo os mesmos erros uma vida após a outra. Basta encontrar uma base verdadeira para a fé. Temos que colocar nossa fé sobre aquilo que não é externo, mas interno.

O Interno é a própria fonte de todo tipo de poderes que possuímos, e este Interno é o mesmo em todos os seres vivos. Na própria raiz do nosso ser, está aquele Eu imutável que nós só podemos conhecer dentro de nós mesmos. Para podermos alcançar o nosso interior em busca Dele, devemos primeiro renunciar a todas as nossas ideias – a tudo que muda.

Em primeiro lugar, o homem deve renunciar à ideia de que ele é o seu corpo. Ele ocupa o corpo; ele o usa; mas ele sabe que o corpo está sempre mudando, e que nunca, nem por um instante, o corpo é o mesmo que foi no momento anterior. O homem deve renunciar também à ideia de que ele é a sua mente. Porque ele pode mudar as ideias que a compõem - pode expulsá-las, corporalmente, e adotar o próprio oposto delas, se quiser -, e no entanto ainda estará lidando com outras ideias. Nós não somos corpos, não somos mentes, nem somos as duas coisas juntas; mas somos Aquilo que usa e que sustenta o corpo e a mente.

Através de todas as mudanças do passado e do presente, e das mudanças que estão por vir, sempre seremos nós mesmos. Mesmo quando a morte vier, ainda estaremos operando de uma maneira diferente da maneira do corpo físico. O Eu Imutável coloca o universo inteiro ao alcance da mente de qualquer ser. Esta é uma base estável para o pensamento, a ação e a compreensão interior de si mesmo.

Devemos saber três coisas: cada um é o Eu em sua natureza mais interna; toda força que ele tem surge desse Eu; e todo ser de qualquer espécie é consciente, tendo o poder correspondente ao seu campo de percepção e ação. Todo instrumento está sujeito à limitação da concepção que há sobre a real natureza do indivíduo. O homem nunca poderá compreender sua unidade com a Única Grande Vida olhando para outros seres, nem através de qualquer tipo de fé. Ele só pode obter esta compreensão olhando para sua própria natureza. A sua própria substância é compreendida olhando aquilo que não é a natureza do Eu. Porque qualquer coisa que seja vista, ouvida, sentida, saboreada ou percebida não é o Eu, mas apenas uma percepção do Eu.

O Eu percebe aquilo que pode ser percebido através das suas próprias ideias, de acordo com sua própria fé, mas aquilo que é percebido nunca é o Eu. Dentro de cada ser que faz qualquer ação, ou em qualquer ser em quem percebemos qualquer coisa, há um Eu; mas não o percebemos. Só compreendendo este Eu dentro de nós mesmos poderemos compreender a sua existência dentro dos outros seres todos. Assim, devemos honrar a natureza espiritual de cada um, e esforçar-nos para ajudar aquele ser a ver por si mesmo o caminho verdadeiro pelo qual ele poderá compreender a sua própria natureza! Todos nós temos que pensar e agir tendo como guia esta natureza verdadeira.

Pensamos que estamos impedidos de muitas maneiras de adotar o ponto de vista da verdadeira natureza. Mas isto é apenas uma ilusão que nasce da fé falsa que temos tido. Temos estabelecido ideias, atrações e repulsões, e sentimentos que, devido à lei do retorno das impressões, voltam a nós uma e outra vez. No momento em que tentamos adotar uma atitude oposta, encontramos o resultado da ação combinada de todas estas forças existentes dentro de nós. Isso é o que podemos chamar de “guerra nos céus” - a guerra na própria natureza do homem.

Mas se ele permanecer sincero em relação à sua própria natureza espiritual, estará destinado a vencer. Se ele tiver fé na lei da sua natureza, irá adiante; e, gradualmente, os obstáculos desaparecerão. Devemos perseverar de modo severo, e ter confiança e fé Naquilo que é o único fator Real em toda parte - a própria Vida -, a Consciência. Então serão destruídos os grilhões que construímos para nós mesmos. Todas as forças da natureza começam a agir sobre nós e conosco, porque não temos desejos em relação a nós próprios, mas apenas desejamos o bem e a salvação de todos. Todas as almas e todas as coisas parecem trabalhar para proveito nosso, mas não porque nós queiramos isso. Começamos a ver o significado espiritual da afirmativa de que o homem que deseja salvar sua vida deve perdê-la.[1] Ele renuncia a tudo o que está no nível da aquisição para si mesmo, dedicando todas as suas energias ao serviço dos outros, e o universo inteiro passa a estar diante dele. Ele pode tomar tudo para si. Mas não deve tomar coisa alguma para si, exceto para doá-la novamente. Não deve aceitar nada, a não ser para colocá-lo novamente aos pés dos outros!

Não se coloca a questão de pecados ou de pecador. Não se coloca a questão de bem e mal. Há apenas uma questão: “Você está trabalhando para você mesmo como você vê a si mesmo, ou está trabalhando para o Eu como você deveria entender que você é, e mais nada? Se não quiser coisa alguma para si mesmo, se não exigir coisa alguma para este corpo, mas pensar apenas em trabalhar pelos outros, aquilo que é necessário virá de acordo com a lei da própria força em função da qual você produz uma atração.

O apoio vem de todas as direções. Toda a natureza - espiritual, intelectual, psíquica, astral e física - é fortalecida; e até as circunstâncias ao seu redor são melhoradas. É a nossa falta de fé - a nossa ausência de fé Naquilo - que nos coloca onde não gostaríamos de estar. Negar o Cristo interior, o Krishna interior, o Espírito interior, é o “pecado imperdoável”. E, enquanto nós crucificarmos o Cristo interno, iremos sofrer na cruz das paixões e dos desejos humanos. Trabalhar para nós mesmos é uma criação que nos amarra firmemente a condições inadequadas. Podemos tentar obter corpos melhores, posições melhores, posses e propriedades de todos os tipos, qualidades melhores, e uma compreensão melhor apenas sob uma condição, a de que nossa intenção seja a de tornar-nos mais capazes de ajudar e ensinar os outros.

A única fé verdadeira é a fé no Mais Alto - no imutável, Naquilo que cada um é em sua natureza mais interior. O único caminho verdadeiro é o da confiança na lei da nossa própria natureza espiritual. Os homens podem ir de fé em fé, trocando a fé em uma coisa pela fé em alguma outra coisa, e avançar de vida em vida obtendo resultados de acordo com a natureza do ideal sobre o qual está colocada sua fé. Mas o único caminho de saída é o caminho da fé na natureza espiritual e essencial de todos os seres. E não poderia ser dado a qualquer ser humano um dom maior do que o fato inegável de que ele - e cada um - tem o poder de compreender esta fé. Isso faz parte do conhecimento antigo, preservado por uns poucos e colocado em prática por uns poucos. É algo que Eles sempre têm trazido para um mundo baseado em formas falsas de fé, tentando assim ensinar os povos em geral.

Aquele que segue o Caminho da verdadeira fé não se afasta dos seus semelhantes. Os seus semelhantes são mais importantes para ele do que jamais foram antes. Ele vê mais coisas neles. Ele enxerga mais claramente as dificuldades que eles enfrentam, e deseja ajudá-los de todas as maneiras possíveis. Assim, ele está mais vivo como homem. Ele age com mais consciência do que os outros. Ele consegue mais do que eles da natureza, porque vê o todo e vê os aspectos dos indivíduos que compõem o todo. Ele aproveita a vida tanto quanto - e ainda mais do que - o homem que vive para buscar a diversão e a felicidade, o homem cuja ambição é pessoal. Mas ele não vive para si mesmo. O único objetivo da sua vida é que os seres humanos possam conhecer estas verdades, porque ele sabe que o conhecimento significa a destruição das formas falsas de fé, e portanto a destruição de todo o sofrimento e dos horrores da existência física. Assim, a evolução continuará através de saltos e de limitações. Os homens irão libertar-se de lugares aos quais se dedicaram, e irão adiante sem limites, em um universo de possibilidades infinitas.

Quando todas as nossas crenças falsas, nossos desejos e paixões, atrações e repulsões tiverem sido abandonadas como vestimentas velhas, e quando tenhamos reassumido aquela natureza em nós que é divina, então seremos capazes de construir uma civilização tão mais elevada do que a atual quanto seria possível imaginar. Porque não podemos fugir do Carma da raça humana atual, nem daqueles efeitos que foram produzidos por todos nós em conjunto, e que devemos enfrentar juntos.

A melhor maneira, a maneira mais elevada e a maneira mais segura de agir é avançar ao longo da linha da nossa própria natureza interior, e, ao fazer isso, dar elementos para que outros possam compreender as suas naturezas internas. Então, permanecendo Naquilo que é imortal, imutável, sem limites, Naquilo que é o nosso próprio eu e o Eu de todas as criaturas, a compreensão virá -; ela virá pouco a pouco, mas certamente virá.



[1] Veja Mateus, 10:39. (Nota do editor brasileiro)


O texto acima foi traduzido da obra “The Friendly Philosopher”, de Robert Crosbie, Theosophy Company, Los Angeles, 1945, 416 pp., ver pp. 354-359. Título original do texto: “Three Kinds of Faith”.


Fonte: www.filosofiaesoterica.com .

terça-feira, 11 de maio de 2010

TIEMPO PARA ENTRENARSE

Estamos en la parte final de un periodo de tiempo que puede ser muy desafiante. Se llama el "Ómer".
En el primer día del Ómer nos sentimos muy bien, pero cuando llega el 17º o el 18º día... Pensamos que podemos manejarlo, y justo cuando pensamos que podemos, nos golpea.
Agárrate fuerte; el Ómer finaliza el 19 de mayo. Así que mientras estés en la montaña rusa de la semana que viene, recuerda: Estos desafíos no son un castigo, sino una prueba.
¿Una prueba de qué?, te preguntarás.
De nuestro compromiso con este camino.
Las pruebas nos ayudan a descubrir cosas. Las pruebas no vienen cuando estamos preparados para ellas; vienen cuando no lo estamos. Qué tan espirituales somos no es sólo acerca de cuánto sonreímos o compartimos, sino de lo que hacemos cuando se nos pone a prueba.
Una cosa es cierta: nuestro Oponente nunca va a enfrentarse a nosotros cuando estamos preparados.
Una forma de asegurarnos de que superemos estos momentos difíciles es encontrar maneras de renovar nuestra rutina. Ya hemos hablado de esto antes. Necesitamos encontrar formas de hacer que sintamos cada día como si fuera nuevo. Y si eso es demasiado difícil, al menos algo nuevo cada semana.
Otra táctica viene literalmente de los militares. Su entrenamiento es riguroso, incluso torturador para algunos. Pero el entrenamiento asegura que esos soldados sepan qué hacer cuando son sorprendidos. La mayoría de nosotros nos quedaríamos paralizados y nos olvidaríamos de qué hacer bajo fuego enemigo. Pero al repetir los ejercicios una y otra vez, aun cuando te sorprenden, sabes y recuerdas lo que has aprendido y se ha arraigado en ti.
Lo mismo sucede con el boxeo; los boxeadores siguen golpeando aun cuando están heridos porque su instinto natural toma el control.
La idea consiste en entrenar nuestra alma, hacer que nuestro nivel de acción sea positivo.
Así que esta semana, empieza a hacer algo nuevo. Lee un libro nuevo. Tonifica tu rutina. Cambia el escenario.
Y piensa qué puedes hacer para entrenarte para las pruebas. Empieza haciendo que tus pequeñas reacciones sean más positivas, y pronto podrás resistir cuando aparezcan los grandes desafíos.

Todo lo mejor,
Yehudá

sexta-feira, 7 de maio de 2010

: )

No conceito Védico indiano, o Paraíso é composto por Árvores dos Desejos. Basta alguém sentar debaixo de uma delas e desejar qualquer coisa, que imediatamente o desejo se realizará, sem intervalo de tempo entre o desejo e a realização. Conta uma velha lenda que, certa vez um homem estava viajando e acidentalmente, sentou-se embaixo de uma dessas Árvores dos Desejos. Sem nada saber sobre isso e dominado pelo cansaço, o homem pegou no sono, à sombra de sua frondosa copa. Quando despertou estava com muita fome, e então disse: - Estou com tanta fome! Ah, como eu desejaria conseguir alguma comida agora! E imediatamente apareceu um prato de comida à sua frente, vinda do nada, simplesmente uma deliciosa comida, flutuando no ar. Ele estava tão faminto que não prestou atenção de onde viera a comida. Começou a comê-la assim que a viu. Somente depois que sua fome foi saciada é que voltou a olhar ao redor. Outro pensamento surgiu em sua mente:
- Se ao menos eu conseguisse algo para beber... Imediatamente apareceram excelentes sucos e vinhos. Bebendo e relaxando na brisa fresca, sob a sombra da árvore, o homem começou a pensar: - O que está acontecendo? O que está havendo? Estou sonhando ou existem espíritos ao meu redor que estão fazendo truques comigo? E diversos espíritos apareceram. O homem começou a tremer e novamente um pensamento surgiu em sua mente: - Serão esses espíritos perigosos?... Logo os espíritos se tornaram nauseantes, ferozes e começaram a fazer gestos ameaçadores para ele. Ai, meu Deus! Agora certamente eles vão me matar! E assim aconteceu... Esta parábola tem apenas um significado: sua mente é a Árvore dos Desejos, e o que você pensa, mais cedo ou mais tarde, há de se realizar. Às vezes o intervalo entre o pensamento e o acontecimento é tão grande que nos esquecemos completamente que, de alguma maneira, desejamos o ocorrido.
Mas, se olharmos profundamente, perceberemos que todos os nossos pensamentos, desejos, medos e receios estão criando nossas vidas. Eles criam nosso inferno ou nosso paraíso, criam nosso tormento ou nossa alegria. Todos nós temos mentes "mágicas" capazes de manifestar externamente, nossos desejos e pensamentos. Estamos fiando a trama de nossas vidas, tecendo o mundo dentro e fora de nós, sem ao menos termos consciência disso. Sua vida está em suas mãos. Você pode escolher transformá-la num inferno ou num paraíso. A responsabilidade é toda sua. Isso depende somente de você! (Osho)
Que tal uma reflexão nesse momento? Você já havia percebido que muitas experiências e situações vivenciadas em sua vida, tinham correlação com algo que você havia desejado ou imaginado? Infelizmente vivemos tão desatentos e preocupados com nossa rotina de afazeres, que provavelmente não conseguimos observar essa Lei de Ação e Reação agindo em nossas vidas...
Queremos ser felizes, prósperos e saudáveis, mas concentramos nossa atenção em todo tipo de medos e situações destrutivas. Temos medo da solidão, de contrairmos uma doença grave, de não podermos pagar nossas contas. O tempo todo pensamos e nos preocupamos com coisas que não queremos! Imaginamos acidentes, assaltos e cenas de violência, conosco ou nossos queridos e depois, quando essas coisas acontecem, nos sentimos desorientados, culpamos as pessoas, o destino, o karma e a falta de sorte. Achamos a vida injusta e cruel, quando tudo o que ela está fazendo, é devolvendo o mal criado por nossas intenções, crenças e expectativas negativas! Cada um cria sua própria realidade, à partirdo que pensa e imagina, fala e deseja. Esses são poderosos comandos que acionam o PODER CO-CRIADOR de nossa mente. Devemos entender que a função da mente não é avaliar se esses comandos são positivos ou negativos. Ela apenas os executará, automaticamente. E o tempo para sua manifestação, dependerá da intensidade e freqüência com que ela recebe esses comandos. Estamos nesse mundo para desenvolver a capacidade de nos tornarmos Co-criadores Conscientes. Somos deuses aprendizes! E para isso precisamos aprender os segredos deste maravilhoso instrumento que é a mente. Nela reside o Poder Magnético da Atração e Manifestação, o mesmo Poder que criou o Universo e que nos torna semelhantes a Deus. Nosso destino é nos tornarmos como Ele, seres Perfeitos e Criadores. Quando o Poder de nossa mente não é dirigido pela vontade amorosa e iluminada pela consciência, ele é comandada por nosso subconsciente, por obscuras forças na forma de mecanismos sabotadores e torturadores, falsas crenças, conceitos e valores distorcidos sobre a vida, sobre nós, sobre nossos merecimentos. Assim, se não acreditarmos que merecemos uma vida plena de amor e de suprimentos, saúde e bem estar, nenhuma força do universo poderá nos ajudar! Ninguém está acima da Lei de Causa e Efeito, e esta lei divina decreta que nós temos o livre arbítrio. Escolher tornar-se um Co-criador consciente, depende só de você. Mas, na prática, por onde começar? É necessário trilhar o caminho do autoconhecimento,e expandir a consciência de si. Comece observando, por exemplo, o quanto você é dominado pela crença no “não merecimento!” Saiba que os sentimentos de culpa são responsáveis por esse tipo de crença, pelas preocupações e imaginações daquilo que não queremos, como forma de nos punir e torturar. Então faça as pazes com você mesmo. Perdoe todos os seus erros e falhas do passado. Ame-se. Aceite-se. Respeite-se. Valorize-se. Proteja-se dos pensamentos negativos e controle o uso da sua imaginação. Acredite-se merecedor de todas as coisas boas desse mundo. Visualize-se pleno de saúde e bem estar, rodeado de fartura e de amor. Espere por essas coisas. Agradeça à Vida como se já as tivesse recebido. Aprenda sobre a força das “afirmações” e vigie muito bem as suas palavras, que têm uma força tremenda. São elas que ajudam a atrair e a manifestar nossos desejos no mundo físico. São o “abracadabra” da fortuna e do infortúnio! Ouse explorar as profundas dimensões de sua mente. E torne-se capaz de transformar sua vida, superar dificuldades e limitações mudar sua sorte, vencer problemas gigantescos, curar qualquer doença, atrair relacionamentos satisfatórios, prosperidade e abundância para a sua vida! Lembre-se, você está sentado sobre a sua Árvore do Desejo e pode começar a viver no paraíso... Agora! (Olga Mendonça)